Smart Cities

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Smart Cities

Desde que os humanos começaram a viver nas cidades, há mais de 6.000 anos, tiveram que enfrentar os mesmos problemas: saneamento, criminalidade, congestionamento, cobrança de impostos, manutenção de instalações públicas e serviços de emergência. Além disso, importantes inovações tecnológicas precisam de infraestrutura: a rede eléctrica, redes telefônicas e celulares, internet (incluindo redes de fibra óptica e cabo), água corrente quente e fria, tratamento de água e resíduos, remoção de lixo e reciclagem, parques públicos e instalações recreativas, ferrovias, trens leves e ruas automotivas, estradas e vias públicas.

Hoje, as cidades estão se tornando “mais inteligentes” para proporcionar uma melhor prestação e qualidade de serviços através do monitoramento contínuo dos residentes e da infraestrutura, da comunicação relativamente instantânea de desempenho abaixo do ideal. Em grande parte, isto requer uma forte dependência da automação, da conectividade à Internet e do que é conhecido como “ Internet das Coisas (IoT)”. ( Internet das Coisas refere-se à conexão de dispositivos à Internet que podem ser controlados ou usados ​​para enviar informações de controle).

Uma smart city ou cidade inteligente é uma cidade na qual um conjunto de sensores (tipicamente centenas ou milhares) é implantado para recolher dados eletrônicos sobre pessoas e infraestruturas, para melhorar a eficiência e a qualidade de vida. Os residentes e trabalhadores municipais, por sua vez, podem receber aplicativos que lhes permitem acessar os serviços da cidade, receber e emitir relatórios de interrupções, acidentes e crimes, pagar impostos, taxas e assim por diante. Na cidade inteligente, a eficiência energética e a sustentabilidade são enfatizadas.

Transporte Inteligente

Uma variedade de sistemas de “transporte inteligente” pode ser implementada em uma cidade inteligente. Por exemplo, as cidades inteligentes podem implementar um sistema inteligente de gestão do fluxo de tráfego, que pode combinar um sistema de controle central com controles para semáforos e sensores para detectar atrasos ou a quantidade de tráfego em cruzamentos específicos. O sistema de controle pode ajustar o tempo das luzes com base na quantidade de tráfego e no fluxo desse tráfego. Alguns sistemas também podem ajustar o tempo, por exemplo, para ônibus ou veículos de emergência. Além disso, alguns sistemas podem monitorar as condições (ou receber relatórios das condições) nas principais autoestradas e estradas principais e ajustar o tempo nas estradas e rotas alternativas para compensar.

Estradas com pedágios inteligentes também podem fazer previsões. Por exemplo, sensores que detectam quando um carro passa por uma praça de pedágio e deduzem o pedágio de uma conta de usuário. Além disso, um valor variável pode ser avaliado com base nas condições de tráfego. Por exemplo, podem ser implementadas faixas expressas de pedágio que monitorem o tráfego e cobrem um valor maior com base na quantidade de utilização da faixa.

Além disso, as cidades, ou partes de cidades, podem ser dotadas de uma rede inteligente de parquímetros. Os parquímetros podem, por exemplo, ser equipados com sensores ou outros monitores que se comunicam com um servidor central e um aplicativo de usuário para avisar quando uma vaga de estacionamento está disponível e orientar o motorista até ela. Esses medidores podem cobrar automaticamente de um motorista pelo uso do local e avisar o usuário e, potencialmente, as autoridades quando o tempo do medidor expirar.

Uma nova tecnologia mais complicada proposta para cidades inteligentes são os veículos autônomos (sem motorista). Além dos veículos pertencentes e operados pelos usuários, foi proposto o uso de veículos elétricos e autônomos em um sistema de carona compartilhada. Esses veículos autônomos poderiam se comunicar entre si para executar manobras (como mudanças de faixa, etc.) mais rapidamente e em um espaço menor. Em particular, os veículos poderiam ser “em pelotão”, isto é, conduzidos numa coordenação muito mais próxima do que seria possível (ou desejável) com condutores humanos. Nas propostas em que os veículos sejam elétricos, poderão ser disponibilizadas estações de carregamento sem fio nas estradas. Quando um veículo para em um semáforo, por exemplo, ele pode receber um pouco de carga.

Energia Inteligente

O objetivo de qualquer rede elétrica é fornecer energia suficiente quando necessário (com eficiência) e minimizar o tempo de inatividade e os danos quando ocorrem falhas. Um método para lidar com isso é através do uso de medidores inteligentes, que são digitais. Os medidores elétricos podem ser usados ​​para substituir os antigos medidores mecânicos que exigem que o pessoal “leia” o medidor uma vez por mês. Eles podem fornecer monitoramento mais oportuno do uso de um determinado cliente e comunicar-se sem fio, para que ninguém precise entrar no quintal. Os medidores inteligentes também podem permitir que a concessionária identifique a fonte de uma queda de energia mais rapidamente. Além disso, o controle da eletricidade da casa pode ser feito facilmente a partir de um local centralizado, sem a necessidade de uma equipe da concessionária sair para ligá-la ou desligá-la.

Além disso, algumas concessionárias propuseram o uso de micro-redes. Estes são grupos de cargas e fontes interligadas que normalmente se conectam à rede mais ampla, mas também podem ser desconectadas para operar de forma autônoma como uma “ilha”. Essas micro-redes podem funcionar como backups caso haja uma falha na rede maior, mas também podem operar de forma mais eficiente.

Até mesmo serviços comuns da vida, como a iluminação pública, podem vir a ser interligadas como parte da cidade inteligente. Algumas cidades, por exemplo, estão substituindo os postes de iluminação antigos por outros que utilizam diodos emissores de luz, ou LEDs, mais eficientes. Essas novas luzes de rua também podem suportar câmeras e outros sensores para monitorar multidões ou áreas de tráfego intenso. Sensores podem até ser instalados para monitorar poluentes.

Preocupação Com a Privacidade

Com a proliferação de sensores e monitoramento de dados em muitos aspectos da vida das pessoas, as cidades inteligentes levantaram preocupações sobre a privacidade e a segurança dos dados. A este respeito, deve-se esperar a mais alta segurança possível, embora deva ser observado que qualquer coisa conectada à Internet está sujeita ser hackeada.

Fonte:

nationalgeographic.org

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